ATA DA DÉCIMA
SEXTA SESSÃO SOLENE DA QUINTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA NONA LEGISLATURA,
EM 09.06.1987.
Aos nove dias do mês de junho do ano de mil novecentos e oitenta e sete reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Décima Sexta Sessão Solene da Quinta Sessão Legislativa Ordinária da Nona Legislatura, destinada a homenagear o transcurso do quarto aniversário da Rádio Liberdade FM. Às dezesseis horas e trinta minutos, constatada a existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou aberto os trabalhos e convidou os Líderes de Bancada a conduzirem ao Plenário as autoridades e personalidades presentes. Compuseram a Mesa: Verª. Gladis Mantelli, 1ª Secretária da Câmara Municipal de Porto Alegre, presidindo os trabalhos da presente Sessão; Jorn. Telmo Tartarotti, Diretor-Presidente da Rádio Liberdade FM; ex-Deputado Rubens Ardenghi, Vice-Presidente da Rádio Liberdade FM; Dr. Nilo Bairros de Brum, representando, neste ato, o Procurador Geral da Justiça, Dr. José Sanfelice Neto; Cel. Fábio Fantin, fundador do CTG 35; Sr. Fabiano Corrêa Lourenço de Lima, representando, neste ato, o Patrão Potreiro da Várzea do Colégio Militar de Porto Alegre; Sr. Nelcinho da Costa, CTG Porteira da Restinga; Sr. Olmiro Tavares Dias, CTG Carreteiros da Saudade; Ver. Jaques Machado, 3° Secretário da Câmara Municipal de Porto Alegre. A seguir, a Sra. Presidente concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Ver. Getúlio Brizolla, como proponente da Sessão e em nome das Bancadas do PDT, PMDB, PC do B e PL, comentou sua alegria por participar da presente homenagem, destacando que a Rádio Liberdade FM procura a preservação de nossas tradições e aproximação do povo gaúcho, através da divulgação da música e da cultura rio-grandense. E a Verª. Bernadete Vidal, em nome das Bancadas do PFL e do PDS discorreu sobre a criação e as dificuldades que atravessou a Rádio Liberdade em seu crescimento, augurando que ela continue com seu trabalho de levar à população um pouco da alma tradicionalista do gaúcho, colaborando concretamente para a manutenção de nossa cultura. A seguir, a Sr.ª. Presidente concedeu a palavra ao Jorn. Telmo Tartarotti, Diretor-Presidente da Rádio Liberdade FM, que agradeceu a presente homenagem. Em continuidade, foi apresentado um número musical pelo cantor nativista José Cláudio Machado. Após, a Sra. Presidente fez pronunciamento alusivo à homenagem, convidou as autoridades e personalidades presentes a passarem à Sala da Presidência, convocou os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, e levantou os trabalhos às dezessete horas e vinte minutos. Os trabalhos foram presididos pela Verª. Gladis Mantelli e secretariados pelo Ver. Jaques Machado. Do que eu, Jaques Machado, 3° Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelos Senhores Presidente e 1ª Secretária.
A SRA. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver.
Getúlio Brizolla, proponente da homenagem, que falará em nome das Bancadas do
PDT, PMDB, PL e PC do B.
O SR. GETÚLIO BRIZOLLA: Sra. Presidente, Srs.
Vereadores, Srs. convidados e Srs. homenageados.
Em Primeiro lugar, quero agradecer a Sra. Presidente, Ver.ª Gladis
Mantelli, pessoa que corrigiu uma grande frase nossa. Em nome da Rádio
Liberdade, Rádio que faz com que a gente se aproxime mais de uma verdade.
Gostaria de dizer até de coração para todos os Senhores que hoje eu estou tão
feliz, que a minha felicidade brota no coração de todos os Senhores.
A homenagem da qual hoje temos a honra de participar é destinada
fundamentalmente a destacar de forma eloqüente o papel exercido por nossa
homenageada, neste ato, a Rádio Liberdade FM.
Sem dúvida alguma, ao pensarmos esta homenagem, nos moveu um sentimento
de alegria muito grande, pois trata-se de registrar, de forma solene, a
passagem do 4° aniversário de fundação de uma radioemissora, cujas diretrizes
estão indissoluvelmente voltadas à difusão da mensagem do nativismo assim como
sua propagação por todos os rincões de nosso Rio Grande.
A Rádio Liberdade FM é uma emissora que irradia seu som aos ares de
nossa terra, tendo como destinatário principal o tradicionalismo e o movimento
nativista. Seu compromisso é com o folclore e a cultura do Rio Grande.
Está nossa homenageada, de forma, identificada com os mais arraigados
sentimentos do povo Gaúcho.
Essa conquista de uma espaço cultural através da música, alcança
patamares totalmente novos, posto que é a única Rádio de nosso estado a
transmitir exclusivamente a música nativista.
Mas não poderíamos, nesta singela homenagem, deixar de lembrar que o
papel de realce da Rádio Liberdade FM, tem como mola propulsora o dinamismo de
seu corpo diretivo.
Graças à excelente visão administrativa e ao arrojo de seus dirigentes,
foi possível nesses 4 anos de existência da Rádio Liberdade FM projetar-se como
uma divulgadora permanente das nossas coisas, de nossa gente, de nossos
costumes e hábitos, enfim de nossa cultura, traçando, através da música, o
perfil do homem Riograndense.
À Rádio Liberdade FM o sincero agradecimento deste Vereador e da
Bancada do PDT por tudo que tem feito pelo nosso povo, especialmente aqueles
que, como este Vereador estão sempre integrados a tradicionalismo e ao
nativismo tão próprios de nosso povo.
Muito obrigado a todos aqui presentes. (Palmas.)
Gostaria de, no momento, colocar uma verdade: agradeço aos gaúchos que
aqui vieram pilchados e que escutam essa Rádio, que têm a coragem de pôr uma
bocha na mão, vestir uma bombacha e um lenço no pescoço. Tudo isso se diz Rádio
Liberdade.
Neste momento, minha satisfação é tão grande que hoje tenho o prazer de
marcar a data - deste dia - trazendo diretores da Rádio Liberdade, pessoas que
conservam essa Rádio, pessoas que dizem - muitas vezes - que são gaúchos,
porque a Rádio Liberdade é Gaúcha. Ela nasceu gaúcha. Ela é o sonho do pai e da
mãe. Eu vi tantas pessoas com lenço no pescoço, chegando nesta Casa e me dando
este grande prazer: Getúlio tu fizeste uma homenagem à Rádio Liberdade. Eu fico
contente. Hoje eu sou um homem dos mais felizes do Rio Grande, porque alguém
está pensando naquilo que somos: gaúchos. Lamentável, nós temos sido aquele
povo esquecido. Agora o Rio Grande vai ter que mostrar o que somos. Somos
aqueles gaúchos que foram à São Paulo para adquirir alguma coisa. Viajaram meses
e tocaram os paulistas a pelego para defender o nosso Rio Grande.
O que me honra neste momento é ver esses gaúchos pilchados, no lombo do
matungo ou no lombo do cavalo e dizer eu sou gente, eu sou terra e quero que
este Rio Grande cresça, porque nós somos até independentes. E somos
independente por que? Por uma razão que não quero colocar neste momento. A
verdade vocês não sabem. Hoje, eu fico honrado por ver os gaúchos pilchados
demonstrando o que são. Será que um dia não volta para nós este Rio Grande?
Eu quero agradecer a vocês por esta grande acolhida que me deram em
homenagem a uma Rádio que trabalha e que luta pelo nativismo que faz muito
tempo que nós perdemos. E agora nós vamos reconstruindo e trazendo devagar, a
galopito, uma verdade para o povo. Lá, bem longe, nos rincões do Rio Grande, a
Rádio Liberdade faz com que chegue no ouvido de cada um uma verdade. Uma música
que é nossa, com gaita e violão, e que nos traz muita alegria e prazer. A Rádio
Liberdade coloca entre nós a amizade, o carinho, o amor e afeto. Esta Rádio não
vai se entregar para as multinacionais. Esta Rádio é nossa, esta Rádio é do
povo gaúcho. Esta Rádio é aquela que escuta em nome de uma pessoa que eu quero
muito bem e que nos representa, este meu baita amigo Moura, que conserva a sua
verdade dizendo ao povo que nós somos verdade. Outra pessoa, meu colega há
muitos anos, o Chico, que me ajuda também, e que diz: “Dentro da verdade não
tem mistura”; não se fala em sigla Partidária, mas se fala na verdade, e na
verdade que nós somos.
Eu morro abraçado com o Rio Grande do Sul. Eu morro abraçado e dando
força a esta Rádio, que quando a escuto posso dizer: “Músicas nossas!”. E
pensar que o Rio Grande cresce, embora isto seja mentira. Mas esta Rádio não
mente! Esta é uma Rádio verdadeira! Eu estou tão contente! Eu me sinto tão
feliz, que as minhas frases não terão o tamanho suficiente para poder
expressar, e nem vou poder apertar a mão de cada um; mas em nome da Rádio
Liberdade, eu dou um abraço, abraço de Ver. Getúlio Brizolla. Fico contente,
pelo grande prestígio que vocês me deram. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE: Com a palavra, a Ver.ª
Bernadete Vidal, que falará em nome do PFL e do PDS.
A SRA. BERNADETE VIDAL: Sra. Presidente, Srs.
Vereadores e Srs. convidados: é uma alegria muito grande para esta Vereadora
nesta tarde, por Proposição do Ver. Getúlio Brizolla, do PDT, fazer esta
Homenagem.
Confesso a todos que aqui estão que sou arredia a Sessão Solene, não
faço com facilidade elogios se não gosto da coisa, não consigo fazer, mas
quando estamos homenageando a Rádio Liberdade, quando homenageamos este
movimento que cresceu com muitos espinhos, sei disso, esta homenagem faço com
sinceridade, com orgulho e muita satisfação.
Tenho também a honra de falar em nome da Bancada do PDS, em nome de seu
Líder, Ver. Hermes Dutra.
Nós, que acompanhamos o Nativismo desde criança e sinto até que
tínhamos alguma coisa dormida dentro da alma, vocês estão aí sentados no
Plenário, despertam e levam todos os dias, pela onda da Liberdade, este
despertar da alma gaúcha de um pouco de nós que poderia estar dormindo por obra
e graça de tanto estrangeirismo, tanta coisa que querem nos impingir goela
abaixo, essa coisa linda que é o nosso sentimento de gaúcho. Anda por Porto
Alegre, pelo Rio Grande, nas ondas da Liberdade.
Recebam a minha homenagem não só com palavras bonitas, mas com o
incentivo de quem vos ouve diariamente, e até de quem os seus discos, que é a
maneira mais prática de dar apoio, porque, realmente, este trabalho que começou
difícil e que continua difícil - está crescendo, e eu peço, companheiro,
prezado jornalista Telmo Tartarotti, siga em frente. O Rio Grande do Sul
precisa da Rádio Liberdade, o povo gaúcho precisa expandir aquilo que a gente,
para ouvir uma musiquinha gaúcha, precisava acordar às 5 horas da manhã ou,
então, um outro programa, e que tinha pouca duração. Hoje em dia nos temos, à
hora em que quisermos, música gaúcha, música sul-americana no nosso rádio, na
nossa casa, porque vocês estão trabalhando. Sei que esse esforço não é pouco.
Sei que os entraves são de toda ordem, mormente nesta situação de dificuldades
em que vivemos, sei que não deve estar fácil levar este barco, mas não
desanimem, porque nós sabemos que todo processo cultural, todo processo de
dominação de um povo inicia e começa pela dominação cultural.
Nós estamos, eu penso assim, num momento do Rio Grande em que a
Revolução Farroupilha seria muito pouco. Não sou separatista, mas sou daquelas
pessoas que defendem um dia novo para o Rio Grande, defendo o que defendiam os
farroupilhas. Nós somos e queremos ser donos desta terra, pois estão nos
solapando todos os direitos. Lá em Brasília nos tomam o fundo de participação,
lá em Brasília nos relegam apenas porque o Rio Grande tem uma rendinha um pouco
maior, “per capita”, nos tiram fora das ajudas. Nós estamos voltando a uma
situação parecida com aquela que levantou nossos heróis de 35. Nós não somos
ouvidos, não somos acatados, nós somos deixados de lado e assim também culturalmente.
Assistimos à televisão todos os dias e vemos quanta coisa vai na televisão,
quanta coisa é patrocinada, esta música sertaneja que para mim é mais popular,
por exemplo, desculpe me abrir, este é um pensamento muito meu, esta música que
é sertaneja, que é mais urbana do que não sei o quê, e é ruim, é patrocinada, é
bem paga, tem espaços. A nossa música, a nossa cultura, o nosso tradicionalismo
que têm raízes, que têm cultura, que são verdadeiros, esses ... meu Deus, se
não fosse a Liberdade!
Quer homenagear aqui Wanderlan Mura, Luis Eugênio, Dante Ramão Ledesma,
o Borguetinho, o Tubino não sei se veio, meu amigo de muitos anos; onde o
Tubino tem programa nativista, eu estou escutando o Tubino. Agora ele está na
Liberdade, graças a Deus, todas as noites a à tarde de sábado - escuto todos
vocês, todos os dias. Escuto, faço propaganda, porque acho até - não só eu,
Bernadete Vidal - com as coisas que gosto, que são as coisas lá de fora, vinda
do interior que sou, mas também pela compreensão de que lhes falava, de que só
através desta atividade cultural é que vamos salvar estas coisas; vamos
conseguir levar este tradicionalismo que é tão caro para todos nós, adiante, e
transmitir a outras gerações. Isto não há de se acabar; isto há de ser que nem
erva daninha. Nem que botem água quente, nem que botem pesticida ela não vai
acabar, e não vai acabar porque vocês estão aqui.
Por isso, não é só a Bernadete Vidal que homenageia, é a Vereadora de
Porto Alegre, é a Casa do povo de Porto Alegre, reunida, que homenageia a Rádio
Liberdade. Homenageia e dá incentivo e diz: prossiga, prossigam que nem erva
daninha para que nós possamos sempre dizer, como nosso Sepé: “Essa terra tem
dono.” Muito obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTE: Concedemos a palavra ao
Jornalista Telmo Tartarotti, Diretor-Presidente da Rádio Liberdade FM.
O SR. TELMO TARTAROTTI: Sra. Presidente, Srs.
Vereadores e Srs. convidados: considero a lembrança do 4° ano da Rádio
Liberdade FM como um reconhecimento de um trabalho prestado à música e à
cultura do Rio Grande. Estamos vivendo hoje uma profunda crise sócio-econômica
de efeitos ainda impossíveis de serem avaliadas e logo não vejo como se possa
comemorar alguma coisa. Mas, reconhecemos no pedido desta Sessão, materializado
pelo nobre Vereador Getúlio Brizolla, o reconhecimento desta Casa a quem
realmente se dedica por filosofia a divulgar as coisas do Rio Grande.
Foi em 1983, no auge da americanização da nossa cultura, quando se
vendia o Break e os sucessos milionários da família Jackson que a Liberdade FM
voltou-se para a música gaúcha, reconhecendo o trabalho competente e de
qualidade feito por um grupo de musicistas e poetas deste Estado, muito dos
quais nos engrandecem hoje com a sua presença nesta Casa.
Alguns anos se passaram e hoje a Rádio Liberdade tem uma gama de amigos
muito grande e um público ouvinte fiel e exigente que fiscaliza o nosso
trabalho no dia-a-dia. Buscamos semanalmente nos Rodeios, nos festivais e nas
festas campeiras realizadas por todo o interior, subsídios para o nosso
trabalho. Ligar o rádio FM, hoje, na freqüência 95,9 significa saber
antecipadamente, a mensagem recebida. Considero o trabalho da nossa equipe
sério, dedicado e compatível com o movimento que divulgamos. A Liberdade e o
movimento nativista hoje se confundem. É uma amizade sólida e um compromisso de
divulgação séria e honesta, daqueles que lutam para manter viva as nossas
origens. Acho, no entanto, desnecessário ficar falando sobre o nosso trabalho
por demais conhecido. Aqui mesmo nesta Casa, temos muito amigos e ouvintes;
diversos Vereadores que participam ativamente da nossa programação. Gostaria de
deixar uma mensagem em nome da direção e da equipe da Liberdade. Sabemos que a
solução de muitos dos atuais problemas que nos afligem passa longe desta Casa.
A estrutura de um Poder Legislativo Municipal se ocupa com os problemas da
cidade e nem sempre pode resolver problemas administrativos agudos. Mas temos
de convir que o Vereador tem convivência popular e entrada com o povo e com os
seus eleitores, que fazem muitas cobranças. O que dizer, se não uma palavra de
esperança para àquelas dezenas de pessoas que procuram a Câmara com seu salário
corroído pela inflação e sobressaltos pelo fantasma da fome e do desemprego? A
nós, da Imprensa Livre, cabe denunciar este estado de coisas através da crítica
construtiva. Aos senhores pedimos uma palavra de fé e esperança a este povo,
além do trabalho, para que, na medida do possível das limitações que sabemos
tem no atual quadro sócio-econômico brasileiro, se consiga ter uma cidade
melhor e dias melhores para o nosso País.
Agradeço as palavras elogiosas dos oradores e especialmente ao Vereador
Getúlio Brizolla por essa lembrança que foi uma honra para todos nós estarmos
aqui hoje, nesta Casa. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE: Agradecemos aos oradores.
Dentro da programação desta Sessão, passamos à apresentação do cantor nativista
José Claúdio Machado. Muito nos honra a sua apresentação em homenagem à Rádio
Liberdade FM.
O SR. JOSÉ CLÁUDIO MACHADO: É um prazer estar aqui nesta
Sessão Solene, em homenagem à Rádio Liberdade, esta que divulga a nossa música,
aquilo que é nosso.
Então sem palavras, para os Senhores: “Poncho Molhado”.
(Canta a música, tocando gaita. Acompanha-lo o violonista Andrei.)
A SRA. PRESIDENTE: Na oportunidade de
encerramento desta Sessão, compete a presidência dos trabalhos também dirigir
algumas palavras em homenagem à Rádio Liberdade FM. Tivemos oportunidade de
conhecer a Rádio por intermédio de um amigo muito caro e dentro dessas
condições, uma Rádio que não conhecíamos, que não sabíamos a sua linha de
trabalho, nem a sua dinâmica, ficamos a apreciá-la, porque não só é uma Rádio
que se preocupa a divulgar o nativismo, as coisas deste Estado, como também trazer
aquilo de tão bonito que existe, a música nativa na América Latina. É
importante que Rádios como a Liberdade sejam efetivamente enaltecidas. E, a
Casa agradece ao Ver. Getúlio Brizolla, pela lembrança de ter apresentado a
proposição a esta Casa de homenagear a Rádio Liberdade FM na passagem dos seus
quatro anos de existência.
Esta Casa, que, como eu sempre costumo dizer, comete erros, é lógico
que comete. Afinal ela é feita de homens e mulheres que, como tal, erram. Mas,
também, comete acertos e estes acertos a gente vê nestes momentos. Conversando,
aqui, com o Ex-Deputado Rubens Ardenghi, comentávamos, exatamente, que a forma
com que esta Casa procura homenagear algum grupo social, é sempre diferente, ou
procura ser diferente, porque nós queremos não só ser a Casa do povo como
rótulo, ou título mas, realmente, ter aqui dentro o povo. E se nós estamos
homenageando uma Rádio que trata de nativismo e tivemos a gentileza do nosso
cantor nativista José Cláudio Machado se consentir em vir aqui se apresentar, a
Casa do povo faz questão de que isso aconteça, para que se possa realmente
trazer para dentro desta Casa aquilo que é representativo deste povo.
O nobre Ver. Getúlio Brizolla me pede que lhe conceda um aparte, embora
não seja regimental, Vereador, e, como estamos num ato informal, vou lhe abrir
uma exceção.
O SR. GETÚLIO BRIZOLLA (Questão de Ordem): Gostaria de agradecer à Presidência da Casa o
que me traz muito carinho esse povo tão querido, gostaria de que a Casa me
oferecesse mais uma ocasião para escutarmos mais uma música do Zé Cláudio.
A SRA. PRESIDENTE: Se o José Claúdio se
dispuser, teremos o maior prazer e eu concluo meu pronunciamento
posteriormente.
O SR. GETÚLIO BRIZOLLA: A Casa está me dando aquilo
que eu não mereço.
A SRA. PRESIDENTE: Mas isto está sendo dado a
todos os presentes. Esta Casa, esta Presidência, neste momento, assume o papel
de gentileza com os convidados.
Mas, continuando, dizia eu que esta Casa procura se encontrar com esta
população, com as pessoas que nos colocam aqui e nós sabemos o quão
distanciados, em determinados momentos, nós ficamos desta população que
acredita em seus valores e acredita e luta pelos mesmos. A Rádio Liberdade nada
mais faz do que levar, através de sua emissora uma mensagem na qual ela
acredita. Mensagem que não só ela acredita, mas que muita gente acredita e que
para estas pessoas é extremamente importante que exista uma rádio que valorize
determinados conceitos, princípios e os coloque no ar, para que a população
possa ter uma opção de escolha, de alguma coisa que lhes agrade, de alguma
coisa que é bom de ser ouvido. O padrão de qualidade que a Rádio Liberdade hoje
apresenta é realmente um padrão de qualidade muito bom.
Ver. Getúlio Brizolla, estou sendo informada de que o nosso cantor já
se retirou.
O SR. GETÚLIO BRIZOLLA: Mas temos o Renato
Borghetti. Borghetinho me faz uma gentileza?
O SR. BORGHETTI: Tocar sem o instrumento é
difícil. Com o maior prazer eu tocaria.
Nós tocaríamos, nesta Sessão ou em qualquer lugar. Nós estamos sempre
prontos para tocar, mas, hoje, nós ficamos devendo, principalmente pela falta
de instrumentos. O Dante está sem o violão, eu estou sem a gaita.
O SR. GETÚLIO BRIZOLLA: Eu gostaria de dizer ao
Borghetti que nós temos, aqui, instrumentos.
A SRA. PRESIDENTE: Nobre Vereador, não vamos
constranger os nossos convidados.
Encerrando a Sessão, eu gostaria de cumprimentar, mais uma vez, a Rádio
Liberdade FM pela passagem do seu 4° aniversário, agradecer, em especial, a
presença dos componentes da Mesa e dos demais convidados que aqui chegaram e
desejar sucesso à Rádio Liberdade e que possamos vir, ainda, a comemorar muitos
anos de existência desta Rádio, fazendo o sucesso que hoje faz, mantendo e
crescendo no seu índice de audiência que já é significativo e tendo a
consciência de que está fazendo um trabalho muito bom em prol não só desta
Cidade como de todo o Estado do Rio Grande do Sul.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Levanta-se a Sessão às 17h30min.)
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